Professor, mais uma vez, parabéns pela idéia!!!
Um abraço a todos,
Essa é uma característica dos documentos de arquivo contemporâneos: são documentos compostos que precisam ser entendidos em sua totalidade. Ora, se o objetivo da Diplomática contemporânea é o estudo do documento tendo como foco central o contexto de produção (proveniência) e a definição da função à qual aquele documento atende naquele arquivo, utilizamos a análise tipológica para estudar as duas peças em conjunto. Estas se complementam, e uma análise separada poderia descontextualizá-los e ferir a organicidade – característica vital que os colocam como documentos de arquivo-.
Bom, para começar a aquecer a análise do contexto de produção das peças, de antemão já adiantamos que a capa do CD é confeccionada com uma folha de papel A4 reciclada dobrada em forma de origami ao invés das tradicionais capas de plástico para reafirmar atitudes de compromisso com o meio ambiente, já que uma folha de papel leva de 3 a 6 meses para se decompor no meio ambiente, enquanto o plástico leva mais de 100 anos.
No entanto, é preciso atentar à metodologia utilizada para classificar os acervos!!! Nós, responsáveis por esse blog, pudemos observar alguns erros (bastante corriqueiros, diga-se de passagem), que já foram mencionados na literatura:
Santos APUD Tessitore (2005 p. 40) coloca algo que ocorre na classificação utlizada pelo CPDOC nos arquivos pessoais: a combinação de diferentes critérios no estabelecimento das séries dando origem a planos de classificação ou quadros de arranjo nos quais se encontram séries tipicamente tipológicas como "Correspondências", ao lado de outras identificadas com a área de atuação do titular, como "Documentação Pessoal" ou, ainda, séries definidas pelo suporte do documento.
Indo ao encontro do que coloca o autor acima citado, os critérios da classificação em questão também apresentam deficiências ao fragmentar os documentos por gênero. A divisão dos documentos em audiovisuais, textuais e impressos fere a organicidade ao descontextualizar a gênese de produção dos mesmos. Ora, tendo em vista que um documento textual pode estar organicamente vinculado a outro documento audiovisual desde a gênese de sua produção/acumulação, o modo de classificação de documentos adotado fragmenta esse contexto e impede o estabelecimento de uma relação orgânica com os outros documentos do fundo.
Dê uma olhadinha na base de dados Accessus no site do CPDOC:
http://www.cpdoc.fgv.br/
Para mais informações sobre o tema, aconselhamos o texto:
SANTOS, P. R. E. . Arquivos de cientistas: gênese documental e procedimentos de organização. 1a. ed. São Paulo: Associação dos Arquivistas de São Paulo, 2005. 82 p.
Até a próxima postagem pessoal!!!
" Em virtude de certos respiradores descartáveis serem similares em aparência a muitas máscaras cirúrgicas e de procedimento, suas diferenças não são sempre bem compreendidas. Entretanto, respiradores e máscaras cirúrgicas são muito diferentes na finalidade de uso, vedação facial, tempo de uso, testes de desempenho e aprovações... A maior diferença entre um respirador e uma máscara cirúrgica está na finalidade de uso. Respiradores são projetados para ajudar a reduzir a exposição respiratória do usuário a contaminantes dispersos no ar, tais como partículas, gases ou vapores. Respiradores para particulados, denominados peças faciais filtrantes (PFF), podem ser utilizados para reduzir a exposição a partículas que são suficientemente pequenas para serem inaladas - partículas menores que 100 micrometros (µm) de tamanho. Isto inclui partículas aerodispersas que podem conter material biológico, como fungos, Bacillus anthracis, Mycobacterium tuberculosis, o vírus causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG/SARS), etc. As máscaras cirúrgicas não apresentam propriedades de filtração ou vedação facial adequadas para fornecer proteção respiratória ao usuário. São projetadas para ajudar a prevenir a contaminação do ambiente de trabalho ou campo estéril com partículas grandes geradas pelo usuário (ex.: saliva, muco).
Leia mais no site da 3M do Brasil
http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/SaudeOcupacional/Home/Doc/Informativo-3M/Atuais/?PC_7_RJH9U5230GE3E02LECFTDQ0BF3_assetId=1114298100853
Para a Arquivística brasileira, a Diplomática e a Tipologia Documental são campos de estudos distintos. Enquanto o objeto da Diplomática são os documentos de natureza jurídica refletidos no ato escrito que possuem estruturas pré-estabelecidas, de acordo com sua espécie documental (BELLOTTO, 2002), no sentido moderno da Diplomática, os documentos são analisados na direção de seu contexto de produção, nas relações entre as competências / funções / atividades do órgão produtor e neste sentido, apresentam suas profundas relações com a Arquivística (RODRIGUES, 2002). Ou seja, já que os documentos de arquivo são guardados com o intuito de prova, uma análise TIPOLÓGICA pressupõe o estudo do documento tendo como foco central o contexto de produção (proveniência) e a definição da função à qual aquele documento atende naquele arquivo.
É nesse sentido de análise contemporânea que o trabalho aqui exposto se baseará, haja vista que a análise tipológica tem como objeto de estudo documentos arquivísticos, sejam eles convencionais ou não.