No entanto, é preciso atentar à metodologia utilizada para classificar os acervos!!! Nós, responsáveis por esse blog, pudemos observar alguns erros (bastante corriqueiros, diga-se de passagem), que já foram mencionados na literatura:
Santos APUD Tessitore (2005 p. 40) coloca algo que ocorre na classificação utlizada pelo CPDOC nos arquivos pessoais: a combinação de diferentes critérios no estabelecimento das séries dando origem a planos de classificação ou quadros de arranjo nos quais se encontram séries tipicamente tipológicas como "Correspondências", ao lado de outras identificadas com a área de atuação do titular, como "Documentação Pessoal" ou, ainda, séries definidas pelo suporte do documento.
Indo ao encontro do que coloca o autor acima citado, os critérios da classificação em questão também apresentam deficiências ao fragmentar os documentos por gênero. A divisão dos documentos em audiovisuais, textuais e impressos fere a organicidade ao descontextualizar a gênese de produção dos mesmos. Ora, tendo em vista que um documento textual pode estar organicamente vinculado a outro documento audiovisual desde a gênese de sua produção/acumulação, o modo de classificação de documentos adotado fragmenta esse contexto e impede o estabelecimento de uma relação orgânica com os outros documentos do fundo.
Dê uma olhadinha na base de dados Accessus no site do CPDOC:
http://www.cpdoc.fgv.br/
Para mais informações sobre o tema, aconselhamos o texto:
SANTOS, P. R. E. . Arquivos de cientistas: gênese documental e procedimentos de organização. 1a. ed. São Paulo: Associação dos Arquivistas de São Paulo, 2005. 82 p.
Até a próxima postagem pessoal!!!
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